Fios, cidade e eu
Às vezes andamos sem saber para onde ir
Vamos de um lado para o outro sem perceber
Que em meio a tanto emaranhado de fios
No meio do cinza, não há onde se esconder.
A cidade me faz ser invisível em tons escuros
Me pinta de concreto e asfalto, mas sobretudo
Nesse vai e vem de pessoas sem conexão
Me sufoca, me arrasta, me afoga
Me transporta para outra dimensão.
Há tantos caminhos para percorrer
Mas cada fio que me leva para um lugar
Não diz exatamente onde vou chegar
Nem se lá vai ter alguém para conhecer.
E mesmo assim eu vou
Corro atrás de tudo aquilo que não é meu
Vou perseguindo os fios
Correndo sem olhar para trás
E todo tropeço, toda queda, cada machucado
Tudo é importante para prosseguir.
Todas essas pessoas que pegaram na minha mão
Que tiraram um pedaço de mim
Me fragmentou e me desfez
Na ânsia de encontrar o que estava faltando
Me despiram numa insana nudez
Sem saber que eu estou tão perdido quanto você.
E assim eu sigo
Deixo a brisa me guiar
A cada fio e concreto
Aprendo a respirar.
Vamos de um lado para o outro sem perceber
Que em meio a tanto emaranhado de fios
No meio do cinza, não há onde se esconder.
A cidade me faz ser invisível em tons escuros
Me pinta de concreto e asfalto, mas sobretudo
Nesse vai e vem de pessoas sem conexão
Me sufoca, me arrasta, me afoga
Me transporta para outra dimensão.
Há tantos caminhos para percorrer
Mas cada fio que me leva para um lugar
Não diz exatamente onde vou chegar
Nem se lá vai ter alguém para conhecer.
E mesmo assim eu vou
Corro atrás de tudo aquilo que não é meu
Vou perseguindo os fios
Correndo sem olhar para trás
E todo tropeço, toda queda, cada machucado
Tudo é importante para prosseguir.
Todas essas pessoas que pegaram na minha mão
Que tiraram um pedaço de mim
Me fragmentou e me desfez
Na ânsia de encontrar o que estava faltando
Me despiram numa insana nudez
Sem saber que eu estou tão perdido quanto você.
E assim eu sigo
Deixo a brisa me guiar
A cada fio e concreto
Aprendo a respirar.
Julia Ismara
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