Escolhas
Eram 22h30m quando peguei no sono. Há meses que durmo todas as noites sem ter insônia. Às vezes sinto falta de noites mal dormidas, de ter problemas para tentar solucionar na madrugada e ainda assim não encontrar a resposta quando o sol vem.
Em dezembro de 2017 larguei o emprego, na época parecia a melhor escolha e agora tá sendo um pesadelo. Apesar de dormir todas as noites, os monstros me perturbam as claras.
Sem estudar, sem trabalhar, sem viver; eu parei o tempo. Parei na tentativa de melhorar, na busca de uma saída, na espera de respostas.
As horas voam e os dias passam tão rápidos que nem consigo agarra-los. Eu envelheço um pouco a cada minuto.
A minha mente tá caótica, bola planos mirabolantes, mas não os põe em prática.
Eu sei que as coisas só vão mudar quando eu levantar e for atrás de uma solução, mas a minha mente diz que será tudo em vão.
Me acomodei na solidão, no desânimo, na escassez da felicidade e na paz desse tormento. Aprendi a viver de baixo da chuva sem precisar me esconder porque o sol não vai vir. Estendi minha mão para o nada, e fui amarrada em volta de mim mesma. Eu sou meu monstro noturno, sou meus gritos silenciosos, sou minha depressão, sou meu fracasso.
Na vida a gente escolhe como viver, eu escolho não viver.

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