Parte I - Sentido

     Com o passar dos anos, conforme nós vamos crescendo e se adaptando ao mundo que nos cerca, algumas coisas perdem tua essência e deixam de fazer sentido. 

     Quando eu era criança amava ir para casa da minha avó na Bahia, meus irmãos e eu adorávamos aquele monte de gente velha em cima de nós, mas hoje não é mais assim. A última vez que fui pra lá, a única coisa que eu pensava era "se eu ficar mais um dia aqui, vou me matar" - foram vinte e seis dias.

     São coisas assim que eu não entendo muito bem por que perdem o sentido. E não foi somente com isso, as pessoas quem conheci e me relacionei, muitas delas deixaram de fazer sentido.

     Com esse pensamento e com o passar dos anos eu percebi que é o ciclo da vida, faz parte do amadurecimento. As nossas sementes plantadas quando criança não germinam mais e, por isso, colocamos sementes novas no lugar. Às vezes algumas florescem, outras dão frutos, outras simplesmente morrem antes mesmo de viver.  Algumas sementes são mau cuidadas, a gente não faz com que ela cresça ora porque foi plantada no lugar errado, ora porque está na época errada. Mas ainda assim, continuarmos plantando.

     Às vezes no meio do caminho encontramos alguém que se dispõe a nos ajudar. Essa pessoa nos ensina como plantar, como colher e como cultivar. Porém a escolha dela era somente essa: te ensinar. E então ela se vai.

     As perdas podem ser dolorosas, mas sempre vêm com um aprendizado.

     Eu acredito que quando alguém te dá motivo pra ficar, é nela que você tem que insistir. As pessoas erram, mentem, brigam, mas se amam também e é o amor que tem que ser mais forte. Não adianta a gente estar com alguém sem amor, cumplicidade, companheirismo, amizade, confiança e sinceridade - essas são as chaves de todo e qualquer relacionamento.

     Quando eu descobri o gosto que o amor tinha, aos 13 anos de idade, mesmo sendo ingênua eu tinha certeza de que queria sentir isso a minha vida inteira. Hoje, oito anos depois, ainda busco por um amor que durará a eternidade e que juntos faremos da nossa história infinita. Já me chamaram de burra por querer isso, mas eu vos pergunto:

Se não for para amar, qual o sentido de viver?

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