A realidade de se descobrir e se conhecer


Tá tudo tão bagunçado e eu não sei mais quem eu sou, mesmo colocando em prática o exercício de autopercepção. Não que eu não saiba realmente quem sou, mas quem quero ser. É confuso, mas é assim que me sinto.

Algumas vozes sussurram em meus ouvidos que quem eu sou não pode ser modificado, pois é o ideal. Entretanto, outras gritam que devo me transformar naquilo que eu quiser, pois a beleza não deixará de existir. Mas a minha voz silencia todas essas outras, dizendo que jamais serei o que eles esperam. 

Mesmo não querendo mais agradar ninguém, ainda ajo de forma agradável e premeditada. Desse jeito, penso, ninguém irá me abandonar. Sendo quem você quer que eu seja, jamais irá me deixar. Sendo quem você quer que eu seja, vou me perdendo sem hesitar.

A culpa não é sua, afinal foi eu quem decidiu ser assim. Dentre todas as possibilidades, escolhi o outro e não à mim.

Este é um processo de desconstrução que venho tentando colocar em prática, mas é cansativo e solitário. Não há ninguém do meu lado que está disposto a ver todas as minhas faces. Não há ninguém no mundo que queira conhecer alguém e ajudá-lo a se conhecer de verdade.

Posso estar enganada, mas é essa minha realidade. A realidade de se descobrir e se conhecer sozinha, com medo e cheia de insegurança. Mesmo entendendo que tudo bem ser assim, que não está errado, mas queria pelo menos alguém que pudesse me acompanhar. 
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