Gastrite
"Doente de amor, fui procurar remédio
Encontrei apenas uma caixa vazia
Parecia impossível curar o incômodo da azia
De um sentimento nem um pouco tão singelo.
Deitei na cama que estava vazia
As paredes brancas se tornaram banal
E meu coberto não esquentava nem a pal
Nas noites em que me sentia sozinha.
Meu estômago queimava feito fogo
Deixando meu corpo imerso em exaustão
Sem querer tentar tocar o chão
Ansiando uma melhora distante do ouro.
Nem ouro nem cura
Eu gritava sem rima
Eu buscava uma saída
A gastrite era minha tortura."
Julia Ismara

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