sem cura

Passei maus bocados, noite e dia
Fugi de tudo que não me pertencia
Me escondi na penumbra, sozinha
Eu não quero me perder, mas já estou perdida.

Entrei num labirinto sem saída
Eu não podia dar meia volta e te encontrar em contrapartida
Ainda não superei as feridas dessa caminhada
E te ver é como levar facadas.

Não há cura nessa estrada amaldiçoada
Mas deixá-lo ir parece impossível
Meu corpo clama por esse amor inacessível.

Sem saber como fugir desse imenso vazio
Sem querer saber como voltar ao início
Permaneço aqui esperando a chuva cair
Para levar de mim tudo o que sinto.

Custei a querer voltar
Mas teus olhos não são meu lar
Nessa cidade sem estrela para me guiar

Estou cada vez mais longe da verdadeira arte
De amar e ser amada
De saber quem eu ainda sou
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