Liberdade.

     Me perdi em meio a tua escuridão, procurando uma saída sem saber em qual direção seguir. Cansada de correr em círculos me tranquei dentro de uma caixa vazia.
     Em minha pele havia cicatrizes tão profundas que nem mesmo o tempo seria capaz de fazê-las sumirem. Todos os dias você me faz lembrar deste tormento.
     Meus olhos estavam vendados e meus ouvidos tapados, eu não sabia o que estava fazendo. Procurei - em vão - pelas tuas mãos para me guiar.
     Sorrateiramente você me derrubou. Onde eu estava indo para me reerguer? Ansiedade, solidão, escuridão, frieza: era o que não me deixavam sozinha.
     Sucumbi ao teu jogo tantas vezes que aprendi a burlar tuas regras.
     Estava tão escuro que você não percebeu que eu estava sorrindo.
     Na primeira oportunidade pude me esquivar de seus ataques. A escuridão era minha amiga e eu sabia como agir.
     Todavia, não me encontro mais dentro daquela caixa vazia.
     Posso ver o sol e as estrelas, enquanto o vento toca meu rosto como um lembrete:
     - Você é livre! Você é o ar!
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