Lago
Parei para sentar à beira do lago e por alguns segundos
observei a paisagem. Era um lugar calmo, só se ouvia o canto dos pássaros. Instantaneamente
um sentimento de paz preencheu-me o peito; trouxe-me recordações boas.
Subitamente vi-me sonhando acordada. Recordei-me de um amor que vivi à beira dessas
águas lamacentas, foram dias felizes e cheios de amor. Apesar de todos os
beijos e trocas de olhares, essa relações se desgastou, e todas essas lembranças
se esvaíram.
Um sentimento de vazio roubou toda a tranquilidade que me
havia sido concebida. Fez-me perceber que é tão cruel contemplar sozinho a
imensidão. Mas apesar de estar só, me senti completa. Senti, pela primeira vez,
que estar só poderia ser o melhor remédio.
Sentada na grama, pude sentir imensamente o quão esse
sentimento de vazio pode ser preenchido não por alguém, mas pelo o quê. Que a
solidão só é sentida por estarmos nos lugares errados e na hora errada e nos
momentos errados.
Nada importa agora, nem mesmo quem amo e quem deixei de
sentir amor. Nada conseguiu tirar esse sentimento de paz que me preenchia. Nada
estava hábito à me fazer sucumbir.


Nenhum comentário:
Postar um comentário