submundo

me perdi no submundo de almas caídas
me perdi de mim, tentando achar a saída
andei descalço numa estrada de pedra
nenhum deus sucumbiu à minha reza.

eu estou sozinha neste lugar infernal
sem luz nem água, apenas um ser banal
alguém inútil à tudo aquilo que faz
sem saber de tudo que o é capaz.

por escolha me tornei inverno
congelada pelo próprio sentimento
sem norte, sem bússola, só vento.

sem escolha se tornou eterno
não saber lidar com esse sofrimento
que não cura, que machuca, que é tormento.
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