Ciclos
Não dava para saber se era dor de barriga ou ansiedade, porque eu acordei com uma nova dor. Talvez fosse ansiedade por um dia em que eu passei a noite toda imaginando como seria se eu estivesse navegando por águas misteriosas dentro dos meus próprios medos, mas são águas escuras e profundas onde pessoas vazias se encontram para celebrar o desencanto de almas perdidas. Tantos dilemas e paradoxos, que batem tão forte quanto o sino da igreja no centro da cidade, com a esperança de que a vida mude de um dia para o outro. Mas nada muda. Mudam apenas as dores de lugar, mas as coisas continuam do mesmo jeito.
Será que você está mesmo vivendo?
Olhe em volta e pense: teu coração está contente? Aceite o que você é e rejeite as coisas que você não precise, o mundo está te transformando em algo que você não é.
Estou cansado, não sei o que fazer, só sei que a solução é um sonoro palavrão de baixo escalão "foda-se" eu grito, não preciso dessa máscara, se esconder não é a solução. E a escuridão é sua única amiga, a solidão nunca soltou sua mão e procurando na imensidão o chão sem saber pra onde ir.
Mas viver na hipocrisia te leva a algum lugar? No momento em que você aceita a escuridão e percebe que o mundo não é um arco-íris, você volta pra realidade e finge que está tudo bem, mas não está. E então você volta a sonhar, porque a fantasia te conforta e então você fecha as portas da sua própria sanidade e volta pro seu mundo, pra sua realidade.
Ciclo vicioso. Um ciclo sem fim.
Escrito por: Matheus Scarambone e Julia Ismara

Nenhum comentário:
Postar um comentário