Medos

É uma coisa que vem tomando conta de mim há muito tempo, mas só agora está ficando forte. Eu não sei como enfrentá-la sem me destruir, sem me machucar. Essa coisa quer me ver assim e está conseguindo. Infelizmente ela está conseguindo. Talvez por que eu seja fraca, talvez, mas eu luto contra ela todos os dias. Em meio à meus sorrisos há sempre uma lágrima que insiste em aparecer, mas eu faço de tudo para mantê-la escondida. Isso é ser fraca? Não sei ao certo, mas muitos dizem que não. Minha maior fraqueza é o medo, medo de se machucar com as próprias armas. Eu passo dias sem comer, não por se achar gorda, pelo contrário, faço isso pra ver quem realmente se importa comigo. Não são muitos, minha mãe é a única, talvez um amigo ou outro. Estou vivendo dias desesperadores… O que me anima? Nada. Um céu estrelado talvez, mas raramente. Até porque aqui em São Paulo o céu não é muito estrelado. As poucas estrelas que existem refletem com seu brilho o podre que meu corpo está se tornando. Ser fria com as pessoas está deixando de se tornar opção, sorrisos falsos é minha especialidade, sem querer me gabar, mas é o que eu mais sei fazer, fingir que estou feliz, que sei sorrir. Eu não quero que me vejam chorando, não quero que vejam minha expressão de fracasso e tristeza. Eu sempre me mostro forte, mas só me mostro. No fundo sou fraca, sensível, incontrolada, insegura, ansiosa. Às vezes me pergunto “Será necessário esse sofrimento todo para uma atitude ser tomada?”, mas infelizmente não tenho respostas. Na maioria das vezes sinto vontade de gritar, mas ninguém ia escutar meus pedidos de socorro! Na verdade eu tenho medo do que vem pela frente, o que me espera, se vou sofrer menos ou sorrir mais e vice versa. Na verdade, tenho medo de mim. Medo do que estou sentindo e do que há de acontecer.
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