É sobre alguém, de novo
Num dia qualquer prometi pra mim nunca escrever sobre você, porque seria mais uma lembrança do quão bom foi pertencer a vida de alguém. Mas não seria uma lembrança tão boa vinda dessas palavras que ditam o fim de mais uma história. Foi a história mais curta e mais intensa. É como um café que no fim de cada dia já não é mais tão quente e sempre está amargo. Os meus sorrisos, os teus olhares, as suas mãos na minha, a minha fome de você, fica escassa cada vez que vejo em tuas atitudes que eu não lhe pertenço mais. Você me tem na palma das mãos e eu odeio admitir isso, porque tu me negas tanto e eu me entrego cada vez mais. Mas vi nos teus olhos que meu tempo tinha acabado, que era hora de procurar outra embarcação porque a sua se encontra fechada por tempo ilimitado. No momento em que te ouvi dizer que a viagem não continuaria, fiquei um pouco desnorteada, sem saber o que fazer e pra onde ir. Mas ali não era o meu ponto final, era só o começo de um novo caminho. Você estendeu a mão na direção do sol e disse que lá haveria um lugar melhor e mais quente, um lugar de amores verdadeiros. Mas meu coração amargou, a minha partida não estava cogitada nessa aventura. Minha ida não vai doer tanto pra você, como sua ausência dói em mim. É melhor eu dizer adeus enquanto o sol brilha, porque a lua é cheia de fases e no escuro não dá pra pensar direito. Nada mais faz sentido agora.


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